Para falar de gestão de recursos, absorção ou planos de produção, vamos relembrar o processo para a elaboração de um plano de produção, que se inicia na área Comercial, com o Plano de Vendas, que é então passado para os responsáveis pelas áreas de Operação e estes, com esta informação, podem iniciar seus planejamentos e orçamentos para o ano ou revisões periódicas do plano existente.
Parte dos planos Operacionais incluem os planos de Produção e plano de Despesas, que serão os recursos que a empresa disponibiliza para a produção dos produtos planejados pela área Comercial para serem vendidos.
Esses recursos, uma vez negociados e aprovados pela direção da empresa e atrelados ao volume compromissado para suportar plano de vendas, nos levam ao cálculo dos custos standard para cada produto e a expectativa da empresa que Operações entregará o plano de produção sem ultrapassar (de preferência abaixo) do plano de despesas aprovado.
Estes custos standard gerados a partir dos planos de produção e venda são, portanto, provisionais e esperados, mas ainda não são os melhores custos possíveis e otimizados pelas ações de melhoria também esperados de serem implementados e atingidos.
A partir dos pontos de partida acima, mensalmente os planos de produção são revisados, os custos analisados e comparados com o aprovado e se pode verificar se os recursos disponibilizados pela empresa, como citamos acima, estão sendo absorvidos corretamente, gerando custos unitários dos produtos iguais ou menores que o orçado e se não existem perdas e desperdícios que elevarão os custos nos próximos meses. Esta análise que chamamos de “nível de absorção”, um indicador de fácil cálculo e altamente eficaz na gestão de produtividade.
Como exemplo prático, se a absorção for de 80%, significa que 20% dos recursos serão perdidos ou desperdiçados e consequentemente pagos ou rateados pelos produtos parte deste plano, isto é, os custos unitários irão subir proporcionalmente, ultrapassando o custo standard previamente negociado. Obviamente as margens e a rentabilidade da empresa também serão reduzidas por este aumento do custo dos produtos produzidos.
Em situações de equilíbrio de estoques e vendas, não é possível simplesmente adicionar produtos nas linhas de produção para reduzir as perdas ou os custos não absorvidos e correr o risco de posteriormente ter que jogar produtos vencidos ou não vendidos fora. Devemos, além de olhar a absorção, analisar os produtos de alto giro para administrar e definir soluções para uma situação de baixa absorção.
Lembrando que o custo unitário dos produtos, em um mercado competitivo onde guerra por preços de venda podem fazer sua empresa ganhar ou perder “Market Share”, é um fator determinante para o sucesso contra seus competidores e vice-versa.
Antes também de tomar decisões sobre inserir mais produtos no plano do mês para equilibrar a absorção, análises devem ser feitas regularmente para corrigir desvios de planos de venda e de produção e olhar e planejar melhor os meses por vir, pois poderemos constatar que o impacto negativo de absorção ou níveis de estoque e capital de giro poderão fugir do controle!
É neste momento que uma boa análise dos recursos e ajustá-los, bem como uma boa análise de produtividade e redução de custos se faz necessária e imprescindível. É também neste momento que ferramentas adequadas de medição e análise permitem identificar as oportunidades, o tamanho/complexidade das medidas corretivas necessárias e a velocidade com que estas medidas corretivas e de melhorias precisam ser incorporadas/implementadas. Enfim, tomada de decisão correta exige informação precisa e antecipadamente para dar tempo suficiente para implementá-las.
Um nível de gestão competente e que podemos chamar de Excelência em Gestão, está diretamente e proporcionalmente ligado a um nível de informação e agilidade para identificar as oportunidades e as necessidades de mudança antecipadamente e com acuracidade.
Consulte o Simula Farma, nosso sistema de gestão de produtividade, simulação de mudanças e impactos nos resultados, entre outras coisas que este sistema pode ajudar muito no entendimento e identificação das oportunidades que sua fábrica tem e que você pode não estar explorando adequadamente, deixando passar melhoria de performance ou redução de possíveis de serem atingidas por falta da ferramenta adequada.
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Por Izidoro Vignola e Roberto Darienzo
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