Impacto do plano de produção no custo unitário e na gestão da produtividade

Impacto do plano de produção no custo unitário e na gestão da produtividade
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25/08/2022

Uma das maiores pressões sobre o pessoal do Planejamento (PCP) e Supply Chain se dá quando existem produtos em falta, também chamados de “back order”, impactando o nível de serviço da empresa com seus clientes. Em contrapartida, ainda para complicar um pouco mais as coisas e para defesa do pessoal do PCP, a acuracidade do plano de vendas (forecast accuracy) não é preciso e não ajuda o pessoal que planeja a produção.

Este é um dilema clássico da indústria, tão conhecido e forte como conflitos tipo: vendas e marketing ou manutenção e produção.

Ao perdermos venda por problemas no nível de serviço, estaremos perdendo a oportunidade de gerar negócios e ainda pior, dando a oportunidade para a concorrência entrar e tomar uma fatia do nosso mercado (Market share), que pode ser uma perda muito maior que a imediata falta de produto e ser uma perda permanente ou de longo prazo. Portanto, é preciso estar muito consciente que tanto quanto a qualidade ou um custo competitivo, o nível de serviço tem que estar entre os grandes objetivos da área industrial.

Não se pode negligenciar o fato de que temos um complexo industrial dotado de recursos e que precisam ser bem gerenciados e produzir a visibilidade clara de como e o quanto estão sendo bem utilizados. Se tivermos uma visibilidade adequada, criamos a visão sistêmica e a oportunidade de cuidarmos da qualidade, dos custos e do nível de serviço, iniciando corretamente a jornada fundamental na direção da elevação da produtividade e de níveis de excelência para as melhores práticas. Com a importância da competitividade e globalização do mercado, é esperada e na realidade já amplamente observada a entrada cada vez maior de competidores estrangeiros com custos muito competitivos e com práticas e sistemas de gestão dos mais atualizados e avançados. Não se pode mais “brincar” com as ameaças de perda de mercado e de competitividade.

No dia primeiro de outubro de 2019, foi manchete de um dos principais jornais do Brasil (matéria de primeira página), o enorme problema que atravessa a indústria brasileira frente aos outros países industrializados. Uma das principais razões (obviamente são muitas e muito complexas) é a questão da produtividade, incluindo a falta de investimentos em novas tecnologias.

O pessoal do planejamento e controle de produção (PCP), além de se preocupar com o nível de serviço (back orders), deve, junto à área de financeira, se preocupar com o nível de absorção dos recursos disponibilizados. Se isto não for feito, partes dos recursos disponibilizados serão desperdiçadas e de forma simples consideradas “jogadas fora”, impactando negativamente o custo unitário dos produtos produzidos naquele período e a lucratividade/competitividade da empresa.

Precisamos lembrar que os custos existem e estão presentes, portanto “alguém” sempre tem que pagar a conta. Nesse caso, serão os produtos produzidos no período que há uma “sobra de recursos”. Vale sempre a pena abrir a discussão se não deveríamos processar alguma matéria prima que está em armazém para aproveitar esse recurso disponível. Obviamente a discussão deve considerar produtos de ALTO GIRO, produtos que sabidamente terão vendas se aproximando ou criaremos outros problemas, que podem ser: espaço de armazenagem, custo elevado de estoque de baixo giro, fluxo de caixa, entre outros.

Lembrando também que um produto com custo unitário elevado pode ser o motivo do baixo giro, isto é, falta de competitividade frente aos competidores e que se disponibilizado a um custo mais baixo, pode gerar oportunidades comerciais para venda e giro mais rápido do produto, mantendo uma margem adequada e competitiva.

De qualquer maneira, repetimos com estes exemplos a necessidade de uma visão global e sistêmica dos custos de produção e dos processos produtivos e que precisamos enxergar melhor o todo com objetivo de construir a melhor estratégia.

O que não parece razoável é não colocar o assunto em constante avaliação e discussão por falta de informação e perder a oportunidade de uma melhor gestão da produtividade.

Estes artigos são propositalmente “provocativos” para gerar uma reflexão do leitor, mas não pretende e nem tem a presunção de dar todas as respostas para os problemas, apenas dar uma direção ou uma forma mais sistêmica de identificar e encarar os problemas habituais que todo administrador de Operações Industriais se deparam diariamente.

A PGI Farma possui ferramentas e know-how de implementação de ferramentas de administração e melhoria de performance em Operações Industriais em diversas empresas grandes e oferece serviços de implementação à empresas que desejam melhorar os custos, aumentar a produtividade e otimizar suas etapas do processo produtivo.

Entre em contato conosco para uma conversa técnica e avaliação de suas necessidades e oportunidades.

Por Izidoro Vignola e Roberto Darienzo


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Co-Founder PGIFarma and Visus Integrate Formação Acadêmica: Conselheiro de administração pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa MBA (fechado para Rhone Poulenc) em gestão estratégica, na Cranfield University (Inglaterra) Especialização em Administração Industrial (Vanzolini) Engenheiro Mecânico pela FEI Experiencias (33 anos de experiencia na área industrial): Co- Fundador do Portal de Gestão Industrial Farma Co- Fundador Visus Integrate Consultor há 10 anos Diretor de estratégia e tecnologia industrial na AVENTIS FARMA Diretor de projeto de transferência de fabricas Diretor industrial Gerente de produção Gerente de manutenção Gerente de projetos

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